Entrevista de Terça — Márcia Arantes
Entrevista de Terça.
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Olá Pessoal, boa tarde…
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Nossa entrevistada de hoje é a Márcia Arantes, do perfil literário @abduzindolivro.
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A Márcia é escritora e dona de um humor ímpar, e nesta entrevista falamos de suas leituras, livros escritos e os que estão por vir, inspirações, bagaceiras e muito mais!
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Bora lá, conhecer um pouco a @abduzindolivros!
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Bem-vinda, Márcia
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Obrigado por participar desse projeto de entrevistas!!!
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Opa, eu é que agradeço pelo convite, confesso que estava ansiosa por essa oportunidade!
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P1 — Márcia, entre todas as formas de expressão que nós seres humaninhos temos, você escolheu a escrita, certo? Por que?
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R1 — Gosto de ler desde criança, eu diria que o hábito da leitura foi a única escolha genuína que fiz na vida, exclusivamente pela minha vontade.
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Assim, escrever se tornou uma vontade natural depois de um tempo, quando passei a sentir vontade de também contar histórias com minhas palavras.
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P2 — Gostei dessa escolha genuína!!! Implicitamente, você quer dizer que pra escrever tem que gostar de ler? Será que existe escritora/escritor que não gosta de ler?
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R2 — Sim, para ser escritor, tem que gostar de ler, não adianta fugir disso; a leitura é um dos principais motores dessa máquina de escrever histórias.
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Por que se envolver em uma atividade que demanda tempo e dedicação sem gostar de consumir os resultados — os seus e os dos outros?
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P3 — Faz tempo que você escreve? Como começou essa aventura da escrita pra você?
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R3 — Eu comecei a dar forma a algumas ideias em 2017, depois de uma decepção amorosa, mas avancei devagar — tô indo devagar até agora 🤭
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P4 — Ir devagar não é problema! Acredito que o importante é continuar escrevendo. Você falou de decepção amorosa… a escrita começou como uma válvula de escape? Ainda hoje é assim?
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R4 — Pode se dizer que sim, que foi um escape de ideias e dores que gritavam em mim, mas hoje não é mais isso.
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Hoje, escrevo por gosto, mesmo.
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P5 — Conta pra gente sobre seus livros… quantos você já escreveu, qual é o gênero literário (ou, quais são)?
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R5 — Eu escrevo pouco; até agora, publiquei um livro de contos e um outro conto avulso.
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Estou com um romance em fase de revisão, talvez saia esse ano.
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Todos eles são de ficção transgressiva, com um cadim de horror.
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P6 — Transgressiva!!! Para alguém que não conhece dos paranauês, como você explicaria o que é ficção transgressiva?
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R6 — É igual enfiar o dedo no nariz: quanto mais fundo se cutuca e quanto mais tempo se dedica a isso, mais nojenta é a catota.
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Só que a gente vai um pouco além de só cutucar o nariz; na ficção transgressiva, a gente enfia o dedo em mais buracos.
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Principalmente no cu. Logo, enfiar só o dedo não é mais suficiente… Deu para entender?
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P7 — Eca…. rsrsrsrsrs!!! Deu pra entender, sim!!!! rsrsrs Quem te inspira na hora de escrever? Você tem autoras/autores prediletos?
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R7 — Eu gosto de me inspirar em histórias reais de pessoas reais…
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Sobre autores, Gustavo Paiva é meu favorito.
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P8 — Você falou em revisão do seu romance… quem faz suas revisões? Tem alguém que te ajuda ou é você que põe a mão na massa?
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R8 — Tudo o que escrevi para publicar, até agora, foi revisado pelo Gustavo Paiva, e espero que continue assim porque ele é muito bom.
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Tenho um livro que está em revisão, no momento, com ele, e cujo leitor beta foi o André L Braga.
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P9 — A pergunta anterior tem a ver com ser escritora independente. Escritores independentes estão ganhando voz mundo afora? O que você acha?
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R9 — Felizmente sim, hoje temos mais possibilidades para publicar algo e ter uma base de leitores razoável.
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Conheço autores independentes que fazem um ótimo trabalho não só nas histórias que escrevem, mas gerenciando a publicação — indo atrás de bons capistas, diagramadores, fazendo marketing, campanhas de financiamento coletivo, etc. -, e engajam tão bem quanto se estivessem calçados por uma editora (talvez até mais).
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Não que seja fácil para todo mundo, há escritores independentes excelentes que têm um resultado aquém da qualidade que entregam… ainda assim, há mais possibilidades, mais acesso, e vejo também uma boa adesão dos leitores a esse mercado.
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P10 — Você falou que começou a ler “de pequena”… você lê bastante? Costuma compartilhar suas leituras? Faz resenhas?
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R10 — Eu era um lobo solitário até criar esse instagram (@abduzindolivros) e achar um monte de gente doida que gosta de falar sobre livros…
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Foi aí que comecei a compartilhar mais sobre minhas leituras, aqui e no Skoob.
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P11 — Se a gente fosse falar de obras prediletas… você tem seus livros de cabeceira? Aqueles que você curte e indica…
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R11 — Sempre que posso, eu panfleto os livros do Gustavo Paiva, o cara manda bem demais.
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Vou indicar aqui o primeiro e o último que li dele: “Barbitúricos” e “Há Mais Que Tumores no Estoque de Deus”.
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Também sou aficcionada pela Torre Negra do Stephen King. Gostaria que todos lessem!
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P12 — Planos futuros? Projetos? Conta pra gente o que você tem planejado…
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R12 — Ah, tem muita coisa que eu preciso fazer para dar um jeito na minha vida kkkkkk, mas, quanto à escrita, eu tenho um livro em fase de revisão, uma sátira a um apocalipse zumbi.
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Se der tudo certo, até final do ano eu solto a bomba aqui para vocês. Tô escrevendo outro, no comecinho, então ainda não vou falar muito sobre ele.
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E quanto ao abduzindo, seguirei fazendo resenhas e as gracinhas de sempre, se pá até ressuscito a Tia Marga uma hora dessas kkkkk
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P13 — Márcia, adorei tudo isso aqui. Obrigado por ter se disponibilizado a participar. Fazia um tempão que eu já queria te entrevistar e que bom que deu certo dessa vez. Obrigado!!! Se quiser mandar um recado para a galera, o espaço é seu!
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R13 — Opa, também fiquei feliz por ter recebido esse convite!
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Apesar da minha demora em responder as perguntas kkkk fiquei animada por participar dessa entrevista, muuuito obrigada pelo convite!
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E quem estiver por aqui lendo, me siga lá no @abduzindolivros, vamos falar de livros, bagaceiras, e tudo o que der vontade ❤
Esta entrevista foi ao ar aqui nesta página e no perfil @henrique.psanches no dia 10/05/2022.
