Entrevista de Terça — Ellen Reys

Henrique Sanches
5 min readApr 5, 2022

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Ellen Reys

Olá, pessoal…
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Nossa entrevistada de hoje é a escritora Ellen Reys.
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Se vocês não conhecem a Ellen ainda, fica aqui nosso convite.
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Uma leitora compulsiva e escritora nacional de mão cheia, que vai contar sobre seus livros e projetos e sobre o Selo ButkinBooks. Estão prontos?
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Bora lá, conhecer um pouco o @ellencreys!
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Ellen, seja bem-vinda!!!
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Obrigado por topar participar desse projeto!!!
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Olá a todos, é um prazer enorme e uma honra fazer parte desse projeto.
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P1 — Ellen, conta pra gente quais são seus gêneros literários preferidos…
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R1 — Eu leio um pouco de tudo, mas amo terror/horror e todos os subgêneros, também adoro suspense, thrillers policiais e passei a ler mais scifi!
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P2 — Você é uma boa leitora? Costuma ler bastante?
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R2 — Eu sou uma leitora compulsiva, daquelas que estão sempre com um livro e o Kindle na bolsa.
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Leio todo dia, mesmo que seja pouco e em qualquer lugar, barulho ao redor não me incomoda.
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P3 — Acho que sou compulsivo também… rsrsrs. Ler faz bem demais. Você se lembra como começou sua aventura pela leitura? O que você lia quando começou a tomar gosto pela leitura?
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R3 — Tudo começou com os gibis, e como comecei a ler muito cedo pra surpresa da minha mãe antes de ir para escola com quase 4 anos.
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Segundo ela, tudo era motivo de curiosidade pra ler, com 9 anos descobri com uma vizinha que dava aulas de reforço pra minha irmã, os livros da Agatha Christie, aqueles de papel jornal e na escola a Coleção Vagalume, daí em diante, além de ler, coleciono os livros físicos.
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P4 — E nessa compulsão literária que citou ali, você tem espaço para livros prediletos? Você tem seus prediletos?
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R4 — Tenho, até dois anos atrás minha lista era 90% de livros de autores estrangeiros, hoje posso dizer que essa lista tá bem equilibrada, é difícil escolher mas eu sempre cito:
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“O caso dos dez negrinhos” e “Convite para um homicídio” da Agatha Christie,
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“Cem anos de Solidão” do Gabriel Garcia Marques,
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“O cortiço” de Aluísio Azevedo,
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“O escaravelho do diabo” de Lúcia Machado de Almeida,
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“O canto da sereia” de Val MacDermind,
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“A dança da morte” do Stephen King,
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“Teocracia Brasilis” do André L Braga,
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“O Senhor do Tempo” do Márcio Pacheco,
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“Ester” do Fernando Rômbola e
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“Leon esteve aqui” e “O sono dos justos” do Maikel Rosa, dois que li recentemente e me fisgaram de jeito.
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P5 — Muito bacana sua lista de prediletos, Ellen. A presença de livros nacionais é notável. Você acha que a literatura nacional tem ganhado espaço ultimamente? Ou ainda precisa ser descoberta?
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R5 — Vejo que sim, a literatura nacional tem ganhado mais espaço, até pela facilidade de acesso a ela, mas tem muito a avançar, ainda há muito preconceito e desinformação, principalmente para mulheres escritoras de gêneros como terror/horror, gênero dominado por homens até hoje.
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P6 — Bora lá quebrar esses preconceitos. Nesse tempo que frequento o Insta, Ellen, tenho notado um movimento de escritorxs nacionais independentes… o que você acha, o que sente desse movimento? É duradouro?
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R6 — Os autorxs independentes têm conseguido um espaço maior de divulgação com o acesso facilitado a ferramentas de edição, diagramação e outras afins que auxiliam a publicação em plataformas digitais ou mesmo a auto publicação para livros físicos.
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Eu acho que esse é um movimento que cresce e que aponta para um novo rumo do meio literário nacional, claro que o público das editoras tradicionais e prestadoras de serviço continuará, mas a profissionalização do escritxr nacional é um caminho sem volta.
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P7 — Quando a gente fala de escritorxs nacionais, não podemos deixar de falar de você, que faz parte desse cenário também. Conta pra gente, como começou a escrever?
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R7 — Comecei por causa de um desafio, escrever um conto para mandar para uma antologia, eu já tinha as crônicas das segundas-feiras e aceitei sem nenhuma pretensão, escrevi o “A Ilha das Almas” que foi selecionado para a antologia “Abyssal — Terror nas Profundezas”, e continuei escrevendo quando curtia o tema proposto.
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P8 — Sobre seus livros, conta sua trajetória pra gente. Quantos livros escreveu, por onde começou sua escrita, fique a vontade!!!
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R8 — Comecei com os contos, gosto de contos, não tenho paciência nem organização para escrever, são hábitos que preciso melhorar.
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Quando decidi escrever o “Deusas da Morte”, eu já tinha publicado quatro contos das deusas da série, mas antes dele, resolvi juntar alguns contos de antologias ou não em um único livro, esse foi um teste para que eu aprendesse sobre a autopublicação, gostei muito do resultado e pude melhorar no Deusas.
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Em resumo, desde o final de 2019 que escrevo minhas histórias, sem pressão, sem grandes planos e me divertindo muito
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P9 — Agora uma pergunta difícil: se você tivesse que escolher um dos seus livros como predileto, qual seria?
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R9 — Essa é fácil, é o Deusas da Morte!
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P10 — Outra coisa que acho bacana você comentar melhor, sobre a antologia do Boteco Maldito. Como foi participar desse projeto?
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R10 — Participar desse projeto foi uma das melhores coisas que fiz ano passado, da concepção à concretização do livro em e-book e físico, foi um trabalho que não foi fácil mas muito prazeroso com certeza.
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P11 — E o Selo ButkinBooks, Ellen… Qual a ideia de vocês em relação a ele e quais os próximos passos?
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R11 — Ah temos vários planos, resta tempo para desenvolver todos, mas esse ano ainda teremos uma antologia nova, edital de credenciamento de novos autores para o selo, nosso blog está sendo finalizado, e outros títulos estão se somando aos que já temos.
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P12 — Por falar em “próximos passos”, você acabou de lançar um livro novo, não é? O que podemos aguardar na sequência, Ellen?
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R12 — Tudo, inclusive nada kkkkk
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Então, não sei, escrevi dois contos para a antologia que sou organizadora, vou escrever um para a próxima publicação do selo, comecei dois projetos mas não sei que rumo terão.
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Como estou em um período de adaptação pessoal, ainda não fiz planos, mas curti demais a pegada sci-fi do desafio dos Cavaleiros e ando pensando bastante nisso
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P13 — Muito bom, sem pressão!!! Ellen, minha amiga, é isso. Muito obrigado por ter topado participar desse projeto de entrevistas e por ter compartilhado tanto com a gente. Sou seu fã e fico honrado por você estar aqui! Agora, este espaço é seu, pode mandar seus recados, fique a vontade!
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R13 — Eu que agradeço o convite, o apoio a todos do Butikin Books e aos autores nacionais como um todo, essa nova dimensão dada à literatura nacional, aos autores contemporâneos é em grande parte em função de pessoas e perfis como o seu, que abrem as portas e os posts para apoiar e divulgar os nacionais. Muito obrigada!

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